sábado, 11 de agosto de 2012

Em três municípios, eleições só tem um candidato

“Depois de nós, é a gente de novo”. Essa é a filosofia de alternância de poder em pelo menos três municípios do Rio Grande do Norte, nos quais as forças de oposição foram extintas. Em Viçosa, Coronel João Pessoa e João Dias, a eleição tem conotação plebiscitária. Os municípios, que coincidentemente estão todos localizados na Região oeste do Estado, têm apenas um candidato cada à Prefeitura. Eles já entram no pleito com a certeza da vitória. Em Viçosa, o candidato único a prefeito é Antônio Gomes de Amorim, o Toinho do Miragem, do Partido Progressista. Com 53 anos, ele tem ensino superior completo e é empresário. A coligação de Toinho, denominada “Unidos pela Paz”, engloba PP, PT, PTB, PMDB, DEM e PSB. O candidato é apoiado pela atual prefeita, Maria José de Oliveira (PTB). O município passa por uma nova fase do revezamento que funciona há pelo menos quatro eleições consecutivas. O candidato geriu o município de 1997 a 2004. Como não poderia disputar um terceiro mandato consecutivo, lançou a atual prefeita, Maria José de Oliveira (PTB), que foi eleita em 2004 e reeleita em 2008. Agora, ele volta como candidato apoiado por ela. No município de Coronel João Pessoa, o candidato único é o prefeito Francisco Alves da Costa, o Pachica, do Partido Progressista. Com 60 anos, o gestor conseguiu acabar com o grupo oposicionista. A coligação “Coronel em Boas Mãos” é formada por PP, PMDB, PR, DEM e PSB. Essa é a primeira eleição em que a cidade só terá um candidato ao cargo. Na cidade João Dias, o único prefeitável, Gerlandio Luiz da Silva, conhecido como Girlano, filiado ao Partido da Mobilização Nacional (PMN) concorrerá ao pleito pela primeira vez. Ele exercia um cargo comissionado de apoio técnico na Secretaria de Obras da cidade. Apesar de não ter nem o ensino fundamental completo, Girlano, que tem 32 anos, provavelmente administrará a cidade. Apesar de os prefeitáveis de Viçosa, Coronel João Pessoa e João Dias não terem adversários, só poderão se considerar prefeitos quando as urnas forem abertas. Ainda há possibilidade de derrota delas. Em casos de candidatos únicos, caso o número de votos nulos supere os sufrágios válidos, uma nova eleição é marcada. Para isso acontecer, o número de eleitores que optam pelo nulo deve somar 51% do total. (Fonte: DN Online)